A pesquisa será repetida nos próximos dois anos, em 2009 e 2010, para confrontação das ações e avanços
Pesquisa realizada pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) nos 65 maiores destinos indutores do turismo regional no Brasil revelou que Fortaleza apresentou níveis de competitividade turística superior, em vários aspectos, a muitas capitais do País, apesar de todos os problemas que enfrenta. No quesito infra-estrutura geral, por exemplo, a Capital cearense apresentou índice 75,5, cinco pontos acima dos 70,5, relativos à média das demais capitais.
O item Acesso somou 81,5 pontos em Fortaleza, contra 69,9 da media geral e a Capacidade Empresarial despontou com 80,1 pontos, ante 72,1 da media das demais capitais brasileiras. Na outra ponta, as ações em marketing e publicidade somaram apenas 37,1 pontos, abaixo quase dez pontos da média nacional de 46,3.
Da mesma forma, aspectos ambientais estão exigindo maiores ações por parte dos poderes públicos Estadual e Municipal. Conforme o Estudo divulgado ontem, pelo Ministério do Turismo e Prefeitura Municipal de Fortaleza, a Capital cearense reuniu apenas 44,2 pontos, ante 62,6 pontos, em média, atribuído às demais capitais do País.
Além das 27 capitais, o Estudo de Competitividade Turística abordou a situação em outros 38 destinos no litoral, serra, chapadas e sertão, fora dos grandes centros urbanos. No Ceará, além de Fortaleza, foram mapeados o potencial e os problemas das cidades de Aracati, Nova Olinda e Jijoca de Jericoacoara, no litoral norte.
´O objetivo do estudo foi realizar um diagnóstico detalhado da realidade em que se encontram os 65 destinos mais importantes ´, conta a consultora do Ministério do Turismo, Laura Marques. Em Fortaleza, onde esteve nos últimos dois dias, Laura Marques disse que o mapeamento é pioneiro e que será repetido nos próximos dois anos, em 2009 e 2010, para confrontação dos avanços.
´Esses estudos é que irão nortear as ações prioritárias e o recursos do ministério, para os destinos turísticos com maior poder de competitividade´, sinalizou a consultora. Segundo ela, essa primeira versão foi realizada entre novembro de 2007 e fevereiro de 2008.
Cautela
Para o secretário de Turismo de Fortaleza, Henrique Sérgio, os resultados apontados pelo Estudo de Competitividade devem ser analisados com cautela, sem comparações entre a pontuação apresentada pelas capitais ou entre cada um dos destinos mapeados. Ele explica que estudo retrata a capacidade e a habilidade de competitividade dos destinos e não a comparação das condições — estruturais, de acessibilidade, de equipamentos e atrativos turísticos, economia local, etc — entre as capitais, as regiões ou entre os 65 destinos turísticos.
Conforme ressalta, Fortaleza se destaca com 75,5 pontos em infra-estrutura, e em muito outros quesitos. No entanto, a capital cearense ainda deixa muito a desejar em vários aspectos. ´O aeroporto (Pinto Martins) é bom mas é pequeno, a Beira-Mar está desarrumada e precisamos arranjar recursos para arrumar´, aponta o secretário.
Mea-Culpa
Para ele, faltam atrativos turísticos na capital cearense, assim como estão precárias as condições de acessibilidade, as campanhas publicitárias relativas ao destino Fortaleza e os aspectos ambientais. ´Temos boas vias de acesso, mas ainda nos falta uma rodoviária, um Porto turístico. Falta-nos panfletos, mapas, sinalização urbana´, apontou Henrique Sérgio, ao reconhecer que parte dessas atribuições são obrigações da própria Prefeitura de Fortaleza.
Ao mesmo tempo em que cobra do Estado e do Município mais ação no turismo, ele questiona postura do setor privado, que mantêm calçadas obstruídas e esburacadas.
Fonte: Carlos Eugênio - Diário do Nordeste
Pesquisa realizada pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) nos 65 maiores destinos indutores do turismo regional no Brasil revelou que Fortaleza apresentou níveis de competitividade turística superior, em vários aspectos, a muitas capitais do País, apesar de todos os problemas que enfrenta. No quesito infra-estrutura geral, por exemplo, a Capital cearense apresentou índice 75,5, cinco pontos acima dos 70,5, relativos à média das demais capitais.
O item Acesso somou 81,5 pontos em Fortaleza, contra 69,9 da media geral e a Capacidade Empresarial despontou com 80,1 pontos, ante 72,1 da media das demais capitais brasileiras. Na outra ponta, as ações em marketing e publicidade somaram apenas 37,1 pontos, abaixo quase dez pontos da média nacional de 46,3.
Da mesma forma, aspectos ambientais estão exigindo maiores ações por parte dos poderes públicos Estadual e Municipal. Conforme o Estudo divulgado ontem, pelo Ministério do Turismo e Prefeitura Municipal de Fortaleza, a Capital cearense reuniu apenas 44,2 pontos, ante 62,6 pontos, em média, atribuído às demais capitais do País.
Além das 27 capitais, o Estudo de Competitividade Turística abordou a situação em outros 38 destinos no litoral, serra, chapadas e sertão, fora dos grandes centros urbanos. No Ceará, além de Fortaleza, foram mapeados o potencial e os problemas das cidades de Aracati, Nova Olinda e Jijoca de Jericoacoara, no litoral norte.
´O objetivo do estudo foi realizar um diagnóstico detalhado da realidade em que se encontram os 65 destinos mais importantes ´, conta a consultora do Ministério do Turismo, Laura Marques. Em Fortaleza, onde esteve nos últimos dois dias, Laura Marques disse que o mapeamento é pioneiro e que será repetido nos próximos dois anos, em 2009 e 2010, para confrontação dos avanços.
´Esses estudos é que irão nortear as ações prioritárias e o recursos do ministério, para os destinos turísticos com maior poder de competitividade´, sinalizou a consultora. Segundo ela, essa primeira versão foi realizada entre novembro de 2007 e fevereiro de 2008.
Cautela
Para o secretário de Turismo de Fortaleza, Henrique Sérgio, os resultados apontados pelo Estudo de Competitividade devem ser analisados com cautela, sem comparações entre a pontuação apresentada pelas capitais ou entre cada um dos destinos mapeados. Ele explica que estudo retrata a capacidade e a habilidade de competitividade dos destinos e não a comparação das condições — estruturais, de acessibilidade, de equipamentos e atrativos turísticos, economia local, etc — entre as capitais, as regiões ou entre os 65 destinos turísticos.
Conforme ressalta, Fortaleza se destaca com 75,5 pontos em infra-estrutura, e em muito outros quesitos. No entanto, a capital cearense ainda deixa muito a desejar em vários aspectos. ´O aeroporto (Pinto Martins) é bom mas é pequeno, a Beira-Mar está desarrumada e precisamos arranjar recursos para arrumar´, aponta o secretário.
Mea-Culpa
Para ele, faltam atrativos turísticos na capital cearense, assim como estão precárias as condições de acessibilidade, as campanhas publicitárias relativas ao destino Fortaleza e os aspectos ambientais. ´Temos boas vias de acesso, mas ainda nos falta uma rodoviária, um Porto turístico. Falta-nos panfletos, mapas, sinalização urbana´, apontou Henrique Sérgio, ao reconhecer que parte dessas atribuições são obrigações da própria Prefeitura de Fortaleza.
Ao mesmo tempo em que cobra do Estado e do Município mais ação no turismo, ele questiona postura do setor privado, que mantêm calçadas obstruídas e esburacadas.
Fonte: Carlos Eugênio - Diário do Nordeste