O governo italiano ameaça não dar ajuda financeira à Alitalia a menos que os sindicatos aceitem um acordo de redução de custos até 15 de setembro. Para o governo de Silvio Berlusconi, a época de socorrer uma companhia deficitária mão existe mais.
A empresa aérea italiana Alitalia tem planos de reduzir seu quadro de funcionários em 25%, no mínimo. A companhia tem 22 mil empregados, e a medida visa salvá-la do colapso.
O impacto da medida seria atenuado, no entanto, porque muitos dos quase seis mil funcionários alvos dos cortes seriam transferidos para outras empresas como prestadoras de serviço, nas quais a Alitalia ainda manteria alguma participação.
“Tudo que o Estado podia fazer, já fez. Quem afirma que a Alitalia não pode falir, arrisca levar a empresa à ruína”, afirmou o ministro de Assuntos Europeus, Rocco Buttligione.
Sindicatos e a administração da companhia aérea estão reunidos durante toda a semana para tentar chegar a um acordo sobre os cortes de custos. O presidente-executivo da empresa, Giancarlo Cimoli, afirmou que a Alitalia não conseguiu atingir as metas de receita neste verão (no hemisfério norte) e que perdeu mais participação no mercado doméstico para as concorrentes. A Alitalia, da qual 62% do capital pertencem ao governo italiano, agora faz apenas 45% dos vôos em território italiano.
Fonte: Panorama Brasil