Três explosões atingiram hoje diferentes hotéis nas cidades do Egito, na Península do Sinai, na fronteira entre o Egito e Israel, matando dezenas de pessoas. A primeira delas atingiu um hotel egípcio freqüentado por turistas israelenses no balneário de Taba, na fronteira com Israel, onde segundo médicos, 23 israelenses morreram e cerca de 100 ficaram feridos. Outras duas explosões atingiram minutos depois dois hotéis nas cidades egípcias de Ras A-Satan e Nueiba.
Milhares de israelenses estão na Península do Sinai, ocupada por Israel entre 1967 e 79, quando Israel e Egito firmaram um acordo de paz, para passar o feriado judaico do Sukkot, que termina no sábado à noite. As autoridades israelenses já haviam alertado turistas sobre os riscos de visitar balneários egípcios do mar Vermelho, que poderiam ser alvo de homens-bomba palestinos ou de outros militantes islâmicos.
A imprensa israelense disse que o Hilton está em chamas e que dez andares desabaram. Equipes israelenses de resgate estão a caminho. "Ouvi uma enorme explosão. A parede perto de mim desabou, e as pessoas começaram a correr. Houve muitas vítimas", disse o israelense Yigal à Rádio do Exército. "A explosão foi do lado de fora. Algumas pessoas disseram que foi a explosão de um botijão de gás, outras disseram que foi um atentado terrorista. Há muita gente caída. Há muito sangue, muitos gritos."
As razões dessa explosão ainda são desconhecidas, entretanto, os serviços de segurança israelenses acham que se trata de um atentado, provavelmente perpetrado com carro-bomba. "Não temos certeza absoluta, mas é o que parece", afirmou uma fonte. Bombeiros e ambulâncias de Israel sofreram um atraso inicial, mas acabaram sendo enviados para Taba. Fontes do gabinete do primeiro-ministro Ariel Sharon disseram que ele entrou em contato com autoridades egípcias para garantir que as equipes de emergência seriam autorizadas a cruzar a fronteira.
Fonte: O Norte