A Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária (Infraero) vai registrar este ano o maior faturamento da história - R$ 1,8 bilhão -, apesar das dívidas da Vasp e da Varig referentes à falta de pagamento de tarifas.
Em relação ao ano passado (R$ 1,67 bilhão), o crescimento será de 7 6%. O impacto dos débitos do setor aéreo será diluído porque a administradora de aeroportos já provisionou (reconheceu como perda) R$ 445,9 milhões no seu balanço até 30 de setembro.
" O governo está procurando uma série de medidas e instrumentos de ação para a evolução do setor. Isso faz parte da nossa estratégia, mas não quer dizer que somos tolerantes. Temos o direito de cobrar", diz Adenauher Figueira Nunes, diretor-financeiro da Infraero. O total provisionado para devedores duvidosos inclui a Vasp (R$ 243,6 milhões), Transbrasil (R$ 73,5 milhões), Varig (R$ 36,2 milhões) e outras companhias (R$ 92,6 milhões).
O executivo destaca que, desde janeiro do ano passado, o total de dívidas do setor aéreo recuou 3,25% por causa das negociações da Infraero com as companhias do setor. Para ele, o dinheiro devido pelas empresas e os repasses ao Tesouro, que aumentaram nos últimos dois anos, poderiam estar sendo direcionados à atividade aeroportuária.
Fonte: O Norte