Anhembi arrecada R$9 milhões de empresas privadas para socorrer Carnaval de SP

O presidente da Anhembi Turismo e Eventos, Caio Luiz de Carvalho, assegurou que até a próxima terça-feira (18/01) terá pelo menos R$9 milhões para o carnaval de São Paulo. O dinheiro será arrecadado junto a empresas da iniciativa privada. Segundo Caio, as Casas Bahia e a Telefônica já confirmaram a colaboração.

Na coletiva, realizada na última quinta-feira (13/01) com nome de "SOS Carnaval", o presidente da Ligas das Escolas de Samba de São Paulo, Robson Oliveira, afirmou que o carnaval paulista está "sob risco", este ano.

As escolas de samba têm uma dívida de quase R$10 milhões com os fornecedores e um atraso de 40 dias na montagem da infra-estrutura. Caio atribuiu a falta de recursos à última gestão da prefeitura municipal:

- Não deixaram recursos para o Carnaval e o desfile. Houve uma irresponsabilidade burocrática, financeira e de respeito com a sociedade.

A lei 10.381, homologada em 1990 pela prefeita Luiza Erundina, estabelece que a prefeitura municipal deve conceder R$18 milhões para o Carnaval na cidade, sendo R$10 milhões para a Liga das Escolas e R$8 milhões para a Anhembi Turismo e Eventos, responsável também pela festa nos bairros e pela publicidade e propaganda do evento.

De acordo com a lei, os recursos devem ser liberados em três parcelas de R$6 milhões, nos meses de outubro, novembro e dezembro. Segundo Caio Luiz de Carvalho, até agora apenas R$1 milhão foi liberado e não houve destinação orçamentária para que o restante da verba pudesse ser agilizado.

No fim da coletiva, Caio ainda complementou: "Não vamos permitir que SãoPaulo possa reviver a fama de túmulo do samba".

Além do acordo com empresas particulares, Caio Luiz de Carvalho, informou que o governador do estado, Geraldo Alckmin, já determinou a ajuda do governo de São Paulo ao evento. Segundo Caio, a Liga das Escolas deverá começar a receber a verba emergencial na próxima terça-feira. O prefeito José Serra também determinou que o camarote especial para autoridades e convidados seja comercializado, e não mais reservado. O objetivo é gerar receita.

Fonte: Mercado & Eventos