O turismo nos países afetados pelo tsunami será capaz de se recuperar mais rapidamente do que o esperado, segundo a Organização Mundial do Turismo (OMT), uma agência da ONU especializada no assunto.
Inicialmente, os governos dos países com regiões turísticas afetadas pelo tsunami previam uma recuperação lenta, com o governo da Tailândia, por exemplo, esperando que a indústria do turismo voltasse a funcionar normalmente somente daqui a um ano.
No entanto, apesar de a agência da ONU não fornecer uma data precisa, seu secretário-geral, Francesco Frangialli, acredita que a região retomará suas atividades turísticas da mesma maneira como fez após a crise financeira de 1997 e 1998, os ataques terroristas de 11 de setembro de 2001 e a Sars em 2003.
No ano passado, os 12 países afetados pelo maremoto receberam, juntos, 31 milhões de turistas estrangeiros, movimentando US$ 23 bilhões (4% do mercado mundial de turismo).
A divulgação de informações precisas sobre a extensão dos danos causados pelo maremoto é apontada como um fator importante para limitar o impacto na indústria de turismo, protegendo receitas e postos de trabalho.
"É necessário compreender que as áreas afetadas representam apenas uma parte limitada da costa marítima dos países envolvidos", comentou Frangialli.
Ele cita, por exemplo, Bali, famoso destino turístico na Indonésia, que está localizada a centenas de quilômetros de distância da parte arrasada pelas ondas gigantes.
Infra-estrutura
A OMT argumenta ainda que, até mesmo nas áreas atingidas, apenas parte da infra-estrutura turística foi danificada.
Nas Ilhas Maldivas, 64 dos 87 resorts estão operando normalmente.
"Embora a praia tailandesa de Phuket tenha sido severamente atingida, a impressão de que 'Phuket acabou' é errada", diz a OMT.
De acordo com a Autoridade de Turismo da Tailândia, a maioria dos hotéis não foi afetada pelas ondas.
Já no Sri Lanka, as autoridades agradeceram aos turistas que decidiram continuar com suas férias no país mesmo após o desastre.
"Um grande número de turistas está se recusando a deixar os destinos afetados, e muitos insistiram em continuar suas férias colaborando com a limpeza ou viajando para áreas não afetadas dos países, contribuindo, dessa forma, com a recuperação mais rápida do turismo", declarou o presidente do Conselho de Turismo do Sri Lanka, Paddy Withana.
Fonte: BBC Brasil