Depois que a Prefeitura de João Pessoa liberou o acesso ao mirante do Farol do Cabo Branco, na última terça-feira, alguns turistas voltaram a visitar o local. Eles estão tendo acesso apenas a uma parte do muro de proteção, porque quase a metade ainda permanece isolada. Madeiras e placas de interdição ainda estão no lugar para alertar sobre o perigo de novos desabamentos.
Diante disso, os poucos turistas que estão indo ao Farol alegam que estão desapontados com a imagem que vêm. Eles dizem que a notícia que ouviram de João Pessoa, em suas cidades de origens, não é essa que está sendo mostrada agora. Segundo os visitantes, ao ver parte do ponto mais oriental das Américas quase indo abaixo é impossível não sentir uma tristeza e desconsolação. Na opinião dos turistas, os governos foram desleixados.
É o que pensa Célio Rocha, turista de Palmas (TO) que chegou em João Pessoa nesta quinta-feira e o primeiro ponto que fez questão de visitar foi o Farol do Cabo Branco. Ele disse que ouviu alguém comentar que o lugar era lindo e resolveu viajar cerca de 2.500 Km só para conhece-lo. No entanto, se sentiu decepcionado ao ver que a barreira está caindo.
“Eu acho isso um desrespeito muito grande, não só com o meio ambiente como também com os turistas que vêm aqui. Porque nós ouvimos falar uma coisa de João Pessoa e quando chegamos aqui vemos outra. Se continuar assim, os turistas não vão voltar mais”, declarou.
Mas a reclamação não é apenas dos turistas. Vendedores de artesanato, que trabalham no local, também se mostram insatisfeitos com a interdição. Para os comerciantes, o movimento melhorou depois que a Prefeitura diminuiu o isolamento. Maria da Penha é vendedora de artesanatos há 25 anos. Ela disse que tinha um bom faturamento, mas ele caiu depois da interdição. “Ainda bem que o secretário abriu mais essa área. Porque estava muito ruim antes. O turista não podia nem ver o mar direito”, reclama.
Fonte: O Norte Online