Muro do mirante pode ser recuado
fonte: Portal Correio.com.br
A Prefeitura de João Pessoa poderá colocar gabiões de areia na Ponta do Cabo Branco, recuar o muro do mirante próximo ao farol e fechar o trânsito de veículos no trecho entre a Praça de Iemanjá e o farol. As medidas são emergenciais e foram sugeridas por uma comissão formada de engenheiros da Secretária de Infra-Estrutura (Seinfra), para conter a erosão na falésia do Cabo Branco.
A comissão sugeriu, ainda, a adoção de um projeto de macro-intervenção que dependerá de estudos de geólogos, biólogos, engenheiros de pesca, agrônomos e arquitetos. Segundo o secretário de infra-estrutura, Frederico Pimenta, o projeto de engodamento da praia, proposto pela gestão anterior, está descartado porque é extremamente caro, além de agredir o meio ambiente e ser muito demorado.
Uma equipe multidisciplinar composta pelas representantes das secretarias de Infra-estrutura, de Planejamento, de Turismo e de Desenvolvimento Urbano foi acionada para determinar as medidas que serão tomadas, em caráter de urgência, para minimizar os riscos e conter erosão na área.
Segundo o engenheiro da Seinfra, Alessandro Marques, a intervenção na falésia deve ser imediata. "Estamos estudando a situação em caráter de urgência. A Barreira do Cabo Branco não pode mais esperar. Em alguns trechos, a barreia já está rente com a estrada e a possibilidade de desabamento é eminente. A qualquer momento pode acontecer uma tragédia no local", reforça Marques. O trecho analisado pelos engenheiros percorre 2km a partir da Praça de Iamanjá.
Entre as ações que estão sendo analisadas, está a instalação de gabiões na parte inferior da barreia. De acordo Alessandro Marques, essa alternativa impediria a ação do mar na falésia. "Os gabiões acompanhariam toda a sinuosidade da falésia e teriam cerca de dois metros de altura. Assim, as pedras de granito conteriam a ação do mar", explicou o engenheiro. Segundo ele, os gabiões seriam acompanhados de uma biomanta, uma espécie de malha que sustentaria a parte superior da falésia.
A equipe está analisando também a interdição do trecho que liga o Farol do Cabo Branco à Praça de Iemajá. Segundo o especialista, o tráfego de veículos é um fator que agrava a erosão do local. Além disto, a via está comprometida e tem risco de desabamento.
Outras medidas emergenciais que serão analisadas: recuperação dos canais de drenagem da parte superior da barreira; instalação de um sistema de irrigação permanente para manter a umidade do solo; e a derrubada do muro de proteção do Farol do Cabo Branco e a construção de um outro mais distante da margem da barreira.