Ministro do Turismo, Walfrido Mares Guia, faz balanço do setor em 2004.
O turismo vem se consolidando como uma das principais atividades econômicas do século XXI. O Brasil vive uma excelente fase de crescimento do setor. Os dez primeiros meses deste ano mostram números recordes. De janeiro a outubro os desembarques em vôos internacionais apresentaram um aumento de 14,76% em comparação ao mesmo período de 2003, registrando 4.994.706 passageiros.
O crescimento de vôos não-regulares, conhecidos pela expressão inglesa charters, que transportam exclusivamente turistas, registraram um desembarque de 258.289 passageiros nestes vôos, mais que o dobro dos 123.288 no mesmo período do ano passado. Em todo ano de 2003, os desembarques em vôos charters somaram 172 mil.
Também houve incremento das vendas do turismo receptivo, pacotes internacionais. Os turistas estrangeiros gastaram US$ 2,593 bilhões, valor 32,02% maior que o registrado no mesmo período do ano passado. O saldo para o período, que é a diferença do que os estrangeiros gastam no Brasil com viagens em relação ao gasto de brasileiros no exterior, ficou positivo em US$ 327 milhões (em 2003, este valor foi de US$ 88 milhões). No mês de outubro, registrou-se a entrada de US$ 269 milhões no Brasil com viagens internacionais ao país (23,39% maior do que em outubro do ano passado).
Além disso, registrou-se um aumento na contratação de mão-de-obra por parte das operadoras. Os empresários do setor absorveram pessoal adicional no terceiro trimestre do ano, prevendo a expansão das vendas de pacotes para os próximos três meses. Há expectativa de haver expansão na demanda por pacotes internacionais e domésticos. Em outras palavras, o crescimento se traduz em mais empregos – em geral empregos de qualidade, inclusive com carteira assinada.
O turismo mal planejado traz custos econômicos, sociais e ambientais, além de desperdício de recursos e alienação de comunidades locais e tradicionais. É tempo de avaliar e disseminar as lições aprendidas, de estabelecer mecanismos para evitar a repetição de erros passados e de garantir que os modelos de sustentabilidade do turismo sejam usados em escala global.
Extraído do portal Gestour