Um estudo encomendado pelo Sindetur/SP (Sindicato das Empresas de Turismo no Estado de São Paulo), Abav/SP (Associação Brasileira de Agências de Viagens de São Paulo), Braztoa (Associação Brasileira das Operadoras de Turismo), Favecc (Fórum das Agências de Viagens Especializadas em Contas Comerciais), Bito (Brazilian Incoming Tour Operators) e Belta (Brazilian Educational & Language Travel Association) ao escritório Tendências, faz uma avaliação sobre a configuração da participação tributária das empresas de turismo, como o segmento paga os tributos e qual a sua rentabilidade.
Segundo o presidente do Sindetur/SP, Eduardo Nascimento, o estudo chegou à conclusão de que as empresas pagam uma média de 35% de impostos e têm uma rentabilidade de apenas 5%. "Fizemos este estudo para que a coisa não fique especialmente motivada pela questão da Cofins, para que não fique no ar sem que as autoridades financeiras deste país saibam com que setores estão tratando", disse.
Para o dirigente a notícia é triste: "É muito interessante quando vemos que as agências de viagens, quando tratam do dinheiro que praticamente não é deles, mas de terceiros, pois eles são meros intermediários, aplicam descontos de 10% ou parcelam em 10 vezes sem juros, quando a margem real eles não sabem nem qual é", reclama.
Nascimento disse que as soluções passam primeiro por botar a casa em ordem e saber que um produto não pode estar afeito a grandes promoções e descontos e à concorrência predatória. "Eles que se atenham à cobrança dos serviços. Nós somos prestadores de serviço, dos poucos que não cobram pelo serviço, pois todos os segmentos prestadores de serviços, mesmo os mais humildes, cobram uma visita, um orçamento, um estudo e nósfazemos tudo isso sorrindo, com o dinheiro dos outros, reféns das empresas aéreas nacionais e internacionais e não cobramos nada a mais por isso. É uma realidade que precisa ser colocada e, a partir de agora, temos documentos e estudos bastante abalizados, que demonstram a cada um que não se pode brincar com o setor", disse.
Eduardo Nascimento informou que foi solicitada uma audiência com o ministro-chefe da Casa Civil, com um pedido de preferência para marcar com o Ministério da Fazenda. "Vamos fazer uma colocação explícita sobrecomo deve se comportar o turismo", finalizou.
Fonte: Folha do Turismo