Fonte: Mercado & Eventos
A constatação de que a população do Rio está "amendrontada diante da escalada de violência", que afeta segmentos como a indústria do turismo, marcou o discurso do presidente da Firjan, Eduardo Eugênio Gouvêa Vieira, na abertura do seminário "O Grito do Rio", realizado hoje (17/03) na sede da entidade, no Rio de Janeiro, para buscar soluções no combate à violência urbana.
- Diante das estatísticas estarrecedoras dos índices de violência, fruto de décadas de omissão das autoridades responsáveis, precisamos encontrar soluções para dar um basta a esta violência que parece ser um poço sem fundo, desabafou o presidente da Firjan.
Gouvêa Vieira admitiu que a indústria do turismo "é um dos segmentos mais afetados pela escalada da violência" e confirmou que foi encaminhado ao ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, um estudo feito por 40 técnicos brasileiros e estrangeiros visando a construção de um Sistema Único de Segurança Pública, baseado em cinco temas.
Entre os pontos constam: o controle de armas, estruturação e modernização da perícia, formação policial, gestão da informação e ações preventivas, além da reforma do sistema penitenciário.
No evento, que reuniu no auditório do Sesi-Rio seis secretários de segurança e 150 empresários, o secretário Nacional de Segurança, Luiz Fernando Corrêa confirmou que nas próximas semanas começa o treinamento dos 600 homens da Força Nacional de Segurança que atuará no Rio, num trabalho em parceria com a Polícia Militar, para fazer o combate ao tráfico de drogas, além de situações estratégicas que visam inibir os índices de violência na Cidade.
Indagado se o Rio poderia atingir a mesma escalada da violência de cidades como Bogotá, na Colômbia, onde foi necessária a intervenção da Guarda Nacional de Segurança, o secretário disse esperar que "a violência do Rio não chegue a este ponto, por isso e estamos tomando medidas para evitar o agravamento da questão que nos preocupa a todos".